Em um mundo com mais celulares do que pessoas (são 7,9 bilhões de dispositivos conectados para 7,7 bilhões de pessoas) e no qual qualquer tipo de acesso está na palma das mãos, as empresas estão aprendendo a lidar com pós-consumidores ansiosos, exigentes e que esperam que suas dores e especificidades sejam entendidas.
Essa é também a era da informática quântica, dos motores de inteligência e de chipsets que imitam neurônios e aprendem na mesma velocidade de um humano. As mudanças tecnológicas têm causado um profundo impacto em quase todos os setores. E na verdade, hoje em dia não basta contar com as mais recentes soluções, mas sim se manter à frente delas. Quer saber o que mais vem por aí?
Inteligência artificial
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A IA está ajudando empresas a solucionar problemas que seriam muito complicados para as equipes de tecnologia ou de negócios. Hoje, estamos vendo uma onda de problemas sendo abordados por IA e ML (aprendizado de máquina, sigla em inglês) e isso tira um pouco da carga de trabalho chata ou permite novo processamento em uma escala impossível quando o trabalho precisa ser feito por pessoas.
Por exemplo, a IA permite que nossos clientes criem metadados de áudio que podem ser usados e dimensionados em um grande volume. Sem a IA, esse processo seria feito manualmente, ou não. A IA também está desempenhando um papel importante na defesa de organizações contra ameaças de segurança. As empresas estão usando a inteligência artificial para permitir que suas equipes de segurança cibernética tenham uma ideia precisa do risco de violação, analisando até várias centenas de bilhões de sinais variáveis em toda a rede.
Experiências imersivas (AR, VR, realidade mista)
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As experiências imersivas acabaram sendo um pouco lentas para serem entregues. Ainda assim, a promessa é atraente, a realidade aumentada, em particular, proporcionando benefícios comerciais a diversos setores industriais.
Com a AR, podemos aumentar as prateleiras e os produtos em tempo real. Em manutenção, reparos e muitas aplicações industriais, podemos criar sobreposições informacionais em equipamentos mecânicos ou elétricos, colocando as principais métricas de instrumentação diretamente nas mãos das pessoas que atendem a área. RV e a RA são muito eficazes porque estão fundamentadas na aprendizagem experiencial e porque envolvem amplamente múltiplos centros de aprendizagem e de desempenho no cérebro, incluindo sistemas cognitivos, comportamentais, emocionais e experienciais.
A‑Commerce
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O a‑commerce (sigla para “comércio automatizado”) promete facilitar a vida dos profissionais que trabalham com comércio eletrônico, permitindo que, a partir do uso de tecnologias como inteligência artificial e a automatização de processos, eles tenham mais tempo de se dedicar a questões mais estratégicas. “Essa tendência permite que eles foquem mais esforços inovativos, novos modelos de negócio e em como surpreender os clientes. Um exemplo disso é o uso do histórico do cliente para oferecer um “sorting” inteligente de produtos.
Integração de relacionamento via internet das coisas (IOT)
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Em um mundo de bots, inteligências artificiais e assistentes de voz, a Internet das Coisas vem assumindo um papel importante na integração do consumidor aos canais de atendimento. Isso porque a tecnologia permite integrar diversos dispositivos para que o cliente consiga acessar os canais de atendimento das empresas das mais diversas formas, seja por meio de um dash button, seja por meio de uma Smart TV a uma geladeira inteligente. Outra maneira de utilizar a IoT é a experiência phygital, que integra os canais digitais dentro dos estabelecimentos físicos. E isso pode ser feito, por meio de câmeras ou sensores.
Bitcoins e Blockchain
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A moeda virtual chamada Bitcoin é outra tecnologia que deve mudar o mundo nos próximos anos. Em vez de existir uma instituição financeira responsável pelas transações, todas as trocas monetárias ficam no livro de registro virtual Blockchain. Ele é uma base de dados de transações distribuídas criada para dar segurança ao uso das moedas virtuais, os Bitcoins. Graças a ele, as moedas virtuais não pode ser falsificadas. "A ferramenta soluciona um problema antigo do mercado financeiro: registrar ativos, mantê-los atualizados e disponibilizá-los aos órgãos reguladores, e deve modificar todo o setor.", segundo a Totvs. Por conta disso, a empresa prevê a adoção do Bloackchain em escala mais ampla nos próximos anos.
O outro lado
Para tudo vemos prós e contras, a tecnologia vem nos apresentando grandes revoluções com o passar dos anos, mesmo que seja diferente do que sonhávamos há 40 ou 50 anos, quando se pensava que teríamos carros voadores hoje em dia, por exemplo.
O crescimento parece ser discreto, mas o impacto que essas novidades causam não são. Mas nem sempre essas tecnologias são usadas para o bem, vamos falar sobre as mais perigosas para o próximo ano.
Dispositivos de casa inteligente
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Aparelhos que mantêm a casa conectada, definitivamente, são de bom uso para o dia a dia, principalmente para quem quer mais praticidade em hábitos de rotina. Porém, adicionando alguns serviços em alto-falantes inteligentes, por exemplo, o usuário está permitindo que a empresa proprietária do produto colete dados sobre suas atividades diárias, como o horário em que a pessoa chega ou sai de casa, entre outros detalhes.
Na teoria, os assistentes virtuais precisam de uma palavra para acordar, como "Alexa" ou "Siri", mas o sistema pode pensar que o comando foi dito e começar a fazer a gravação indevida. Vários dispositivos podem fazer essa coleta de informação, como videogame, Smart TVs, smartphones, tablets, entre outros.
Reconhecimento facial
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Os sistemas de reconhecimento facial estão dando o que falar neste ano, principalmente na China, onde o povo está se revoltando contra a falta de privacidade que a tecnologia traz. Não só no país asiático, como também na Rússia, esses sistemas estão sendo usados para identificar criminosos. E, mesmo que haja um banco de dados potente, sempre existe a chance de enganos.
Clonagem com inteligência artificial
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Cibercriminosos conseguem clonar a voz de alguém apenas com a tecnologia de inteligência artificial, coletando poucos dados necessários. Quando fazem o mapeamento do rosto de uma pessoa, exploram o aprendizado de máquina e a inteligência artificial para criar representações online de uma pessoa real, de forma quase que perfeita. Ou seja: não vai mais dar para acreditar que um vídeo recebido nas redes sociais é mesmo real, pois as pessoas que aparecem nas imagens podem ter sido vítimas dos deepfakes.
Ransomware e outras chantagens virtuais
Os ramsonwares, ataques virtuais que exigem pagamentos para a devolução dos conteúdos de um computador, estão a cada dia mais elaborados. Estes perigosos ataques acontecem quando aplicativos maliciosos são baixados, e-mails falsos são abertos, entre outras táticas. É uma tendência que, de fato, precisará receber mais atenção em 2020.
A tendência é a evolução, não só para tecnologia, mas para o mundo em geral, ou deveria. A questão que temos que estar sempre atualizados e a frente das novidades, para que no fim, elas nos tragam praticidade e não mais trabalho.